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Como é morar no centro histórico de Firenze

Atualizado: 7 de ago. de 2023

Na Itália (e em outros países europeus), a maioria das cidades possui um centro histórico: foi ali que a origem da cidade se iniciou, onde ficam as casas das principais famílias, as principais igrejas etc. Definitivamente é o bairro com maior riqueza, patrimônio e história das cidades italianas, e em Firenze (Florença) não seria diferente!


O centro histórico fica no que chamamos de Q1: a cidade é dividida em 5 bairros principais, vai do Q1 ao Q5. O bairro é um Patrimônio Mundial da UNESCO, representando a bandeira da história, arte e literatura. Entre palácios, museus, jardins históricos de grandes famílias e locais de culto, há muito para descobrir e aprender. Sempre um ponto de interesse para muitos visitantes de todo o mundo, representa o ponto turístico por excelência para quem decide visitar a Toscana. O bairro do centro histórico de Florença é também por este motivo muito cobiçado como local de residência.



Se locomover no centro histórico


O principal e mais utilizado meio de locomoção no centro histórico de Florença são as bicicletas. Uma opção ecológica, para manter a forma e evitar o trânsito urbano comum em uma cidade turística como esta.


Florença está equipada com passagens para pedestres e ciclistas, que permitem que todos se movam em absoluta liberdade. Você também poderá utilizar o ônibus que chega e sai do centro histórico a qualquer hora, chegando a qualquer parte da cidade com facilidade e sem tempos de espera excessivos.


Porém, vale a pena ressaltar alguns problemas quotidianos que um morador enfrenta: as ruas, muitas vezes, são bem estreitas, e o pedestre têm que dividir espaço com carros, motos, bicicletas e ônibus. Além disso, mesmo tendo transporte público, o horário não é tão rotineiro quanto nos outros bairros.



Precisamos também ressaltar um ponto muito importante: as famosas ZTL (zona de tráfico limitada), que são ruas onde pessoas que não são residentes não têm autorização para entrar, e o centro histórico é cheio delas. Para um morador, isso não é um problema, mas pode ser na hora de querer receber amigos/famílias, eles não poderão ir de carro até você.



Outro ponto, é que o estacionamento não é barato nessa região, e algumas casas não possuem garagem; também pode ser difícil encontrar estacionamento nas ruas.


Turismo e Lazer


Aqui nós temos dois lados: o positivo e o negativo. O lado ruim de morar no centro histórico em certo aspecto é a presença significativa de turistas: isso faz com que alguns moradores reclamem da confusão nas ruas no dia a dia, da falta de estrutura voltada aos moradores, sendo que muita coisa gira em torno dos turistas.


Por outro lado, morar no centro é respirar arte e gozar das ruas e paisagens mais lindas da cidade! Esse é o coração de Firenze: o centro histórico é repleto de museus, restaurantes, bares, cafeterias, sem contar nas inúmeras opções ao ar livre!



Jardins e parques


O centro histórico não é o lugar ideal quando falamos de estrutura com jardins e parques públicos, existem bairros melhores nesse aspecto, como o Bolognese, por exemplo. Porém, aos arredores da parte mais central (distâncias curtas como 1km, por exemplo) temos parques maravilhosos como o Parco delle Cascine (o pulmão da cidade, o maior parque com uma ótima estrutura para lazer e recreação) e o Parco dell”Anconella, com mais de 1300 metros, estrutura para crianças, além de um pequeno lago.


Jardins maravilhosos também podem ser visitados por quem mora no centro histórico: temos o mais famoso da cidade, o jardim de Boboli, além do Giardino delle Rose, Giardino Torrigiani entre outros.



Jardins Boboli: é um dos maiores e mais bonitos de Florença, localizado dentro do complexo do Palazzo Pitti no centro histórico e que data do século XVI. A sua fama nasceu com a família De Medici e continua graças à beleza das suas numerosas estátuas e esculturas e à densa vegetação que a tornam um verdadeiro museu ao ar livre.


Jardim da íris: o jardim pode ser visitado em maio, período de floração do "lírio" ou da "íris", símbolo da cidade florentina. Com suas 2.000 variedades e provavelmente por suas cores variadas e vivas, leva o nome da deusa Íris, mensageira dos deuses que, ao derreter seu lenço, criou o arco-íris. A cada ano os novos espécimes são mostrados e algumas características são premiadas, como força, beleza e, claro, cor.


Ideal para jovens


Para quem vem a estudo, pretende alugar um quarto e gozar da vida noturna de Firenze, esse é o bairro ideal! Nele, você encontrará aluguel de quartos com preços razoavelmente acessíveis, e ficará bem localizado para realizar seus estudos.


Custo de vida no centro histórico de Firenze


Como em qualquer cidade, morar no centro histórico de Florença tem um custo muito mais alto do que em outros bairros. Ali, um monolocale (loft, open space, kitnet) muito simples gira em torno dos 500/600 euros, e para um apartamento com um ou dois quartos, começa em torno dos 700/900 euros.


Os preços dos quartos para trabalhadores e estudantes também são um pouco mais caros, mas ainda acessíveis: variam a partir de 400 euros. Porém, vale ressaltar que é muito difícil alugar um apartamento no centro histórico se você não for estudante ou trabalhador, além do fato da maioria das prédios/casa serem estruturas para hospedagem de turistas.


Em relação à preço de supermercado, não é muita a diferença para os mercados dos outros bairros, mas você encontrará apenas pequenos mercados no centro histórico. Se quiser mercados maiores, você terá à disposição a mais ou menos 2km o Esselunga e Coop, por exemplo.


Já em relação ao comércio, você terá a sua disposição várias lojas, desde as mais sofisticadas até as mais comuns. É um bom lugar para compras, principalmente produtos e artesanatos típicos da cidade! Mas, para maiores lojas e preços mais acessíveis, existem os centros comerciais que ficam na parte periférica da cidade.


Repleto de história


Como dito anteriormente, o centro histórico é o coração da cidade, e ali você poderá ver monumentos e obras importantíssimas!


Em primeiro lugar, o Duomo: sua construção começou em 1296 e seu ponto forte é a cúpula de Brunelleschi incomparável. Diferentes estilos se entrelaçam neste lugar, como Romano, Gótico e Renascentista. Dentro da cúpula, há afrescos de personagens importantes como Vasari, os vitrais que representam a Coroação da Virgem de Donatello, o nascimento de Cristo de Paolo Uccello. Além da cúpula, o Duomo ecoa com sua fachada de mármore branco, verde e vermelho. E, novamente, a torre do sino de Giotto que data de 1334. Em suma, aqui cada artista de seu período histórico deixou uma assinatura indelével.



No centro histórico estão os Uffizi de Florença, em segundo lugar entre as atrações mais bonitas para se visitar na capital toscana. Este complexo constitui um dos museus mais importantes do mundo em quantidade e qualidade das obras recolhidas. Na verdade, inclui uma grande coleção de obras de Raphael e Botticelli, Giotto, Ticiano, Veronese, Tintoretto, Pontormo, Bronzino, Caravaggio, Dürer, Rubens e outros, mas também coleções inestimáveis ​​de famílias florentinas poderosas, como De Medici, e obras religiosas derivadas da supressão de mosteiros e conventos entre os séculos XVIII e XIX.



Igreja de Santa Margherita dei Cerchi: local de culto em pleno estilo romano que data de 1350. É também chamada de "Igreja de Dante", pois foi aqui que Dante conheceu a sua musa Beatriz. Uma pintura de um pintor inglês do século XIX lembra este encontro e é aqui que também se encontram os túmulos da família Portinari e os da família de Gemma Donati, ou esposa de Dante.

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