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Itália com sérios problemas: impactos da guerra Rússia X Ucrânia

Essa semana completamos 40 dias de quando estourou o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, e como eu já disse para vocês em anteriormente, é claro que tudo isso também afetaria a Itália, em vários aspectos.


Muita coisa vem mudando, além do conflito, sabemos que os países estão tomando medidas em relação a isso, e a Itália está correndo atrás para evitar que o pior aconteça por aqui.


Esses dias começei ler algumas matérias para me integrar em relação a um problema sério que pode acometer a Itália caso a Rússia, devido as sanções que vêm sendo aplicadas ao país, decida fazer algo para colocar a Itália em sérios problemas, problemas que afetam a todos nós que moramos aqui.


Um desses problemas, além do aumento que temos tido no diesel e em alguns alimentos, por exemplo, é a questão do gás. Como vocês sabem, usamos o gás na Itália dentro de nossas casas para aquecer a casa, a água e fazer comida, isso sem contar o uso de gás nas indústrias e tudo mais.


Foi falado da hipótese de a Rússia suspender o fornecimento de gás para a Itália, já que 38% do gás que usamos aqui vem de lá, e isso traria seríssimos problemas para a Itália. À medida que o verão se aproxima, se eles decidissem cortar o fornecimento de gás de repente - em resposta às sanções para a guerra na Ucrânia - não deverá haver problemas a curto prazo, afinal, o consumo de gás no verão é menor do que no inverno. No entanto, a situação pode se tornar muito crítica para os próximos dois invernos, e o governo está vendo quais medidas podem ser tomadas para que o caos não se instale por aqui.


Até o momento, a Itália importa da Rússia cerca de 29 bilhões de metros cúbicos de gás, o que equivale a 38% do gás natural consumido na Itália, e as importações da Rússia cresceram consideravelmente nos últimos anos: em 2020 eram 20 bilhões de metros cúbicos, hoje temos 9 bilhões a mais.


Se a Rússia decidir interromper o fornecimento de gás de repente, pode não haver sérias consequências a curto prazo, mas os próximos invernos seriam complicados. O ministro da Transição Ecológica, Roberto Cingolani, disse que, graças à melhoria das condições climáticas nos próximos meses, espera-se uma redução na demanda por uso civil de cerca de 40 milhões de metros cúbicos de gás por dia. O ministro explicou que "para os próximos dois invernos, seria complexo garantir todos os suprimentos ao sistema italiano e, portanto, será necessário equipar-se com ferramentas de aceleração muito eficazes para os investimentos necessários".


Neste caso, planos de racionamento de gás poderiam ser ativados, por exemplo, no setor industrial por curtos períodos semanais, bem como a redução do aquecimento doméstico e comercial.


A Itália afirma que para se emancipar da dependência do gás russo, estima-se que possa levar até três anos. O governo italiano, juntamente com a Eni, realizou inúmeras missões no Catar, Argélia, Angola e Congo para aumentar e diversificar os suprimentos.


Esses países podem reduzir a dependência da Rússia em cerca de 20 bilhões de metros cúbicos por ano. A empresa Eni, fornecedora de gás, afirmou que no próximo inverno poderá substituir 50% do gás russo (cerca de 14 bilhões de metros cúbicos). Além disso, o governo ordenou a compra de um dos navios de regaseificação e o aluguel de uma segunda unidade, os quais devem ser capazes de processar 10 bilhões de metros cúbicos por ano, mas o início dessa atividade leva um período de 12 a 18 meses.


Foi informado também que o restante do gás pode vir de um fortalecimento dos três regaseificadores já presentes em território italiano, em Livorno, Rovigo e Panigaglia, que têm uma capacidade de 4,5 bilhões de metros cúbicos.


E não é só a Itália que pensa nessa hipótese do fim do fornecimento do gás, Berlim, por exemplo, ativou o primeiro nível de um plano de emergência destinado a garantir o fornecimento de gás natural, diante do risco de interrupção do fornecimento russo, e especialistas do governo até pediram aos cidadãos que "consumissem menos". Este é um plano de emergência, que está previsto por um regulamento da União Europeia de 2017, e que também pode ser usado pela Itália. Mas do que se trata tudo isso? A intervenção inclui três níveis: nível de alerta precoce, nível de alerta e nível de emergência.


O primeiro nível é o que acaba de ser anunciado pelo ministro da Economia que explicou que "o governo federal está fazendo de tudo para continuar a garantir a segurança do abastecimento na Alemanha".


Em seguida, passariam para o "nível de alerta" quando a situação se oficializar, digamos assim, mas quando ainda se acredita que o mercado poderá lidar com a interrupção por conta própria. Já no "nível de emergência", as coisas mudariam radicalmente e o estado interviria na primeira pessoa. Nesse ponto, a Agência Federal de Redes regularia diretamente a distribuição de gás, podendo potencialmente decidir reduzi-lo (para não mencionar racioná-lo nos casos mais graves). No entanto, o plano prevê, em primeiro lugar, proteger os cidadãos e os serviços essenciais, que só poderiam estar sujeitos a reduções como último recurso. Isso significa que casas particulares, mas também hospitais, bombeiros e policiais, ou usinas a gás, que também servem para fornecer calor às famílias, não devem ser tocadas.


Eu acho importante ficarmos ligados em tudo o que está acontecendo, e achei que seria fundamental compartilhar isso com vocês. As preocupações são muitas, e nós, cidadãos comuns, temos visto o impacto em nosso bolso há muito tempo, na verdade, mas agora as coisas realmente têm se agravado, economicamente falando. Diferença que temos visto no valor dos boletos de energia e gás, no preço do diesel e no constante aumento da pasta, da farinha, do óleo entre outros produtos no mercado.

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